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A intersetorialidade nossa de cada dia – Por Marco Lage

Expurgadas da análise acusações de corrupção e desvio de verba que pairam sobre algumas ONGs e OSCIPs, é preciso reconhecer que a atuação do terceiro setor diz muito sobre o capital social de um país. Ele é a voz da sociedade, seja incomodando os Governos a realizarem com probidade suas atribuições, seja provocando o segundo setor a equilibrar seus interesses visando o ganho coletivo, a preservação ambiental e os direitos humanos.

Cada vez mais, ganha corpo a perspectiva de intersetorialidade. A complexidade dos problemas sociais é tal que, dificilmente, estes serão enfrentados isoladamente. E isso passa pelo desafio de somar esforços, convergir interesses, definir responsabilidades do grupo em prol de um resultado comum.

Em 2007, presidentes de 11 empresas membro do Conselho Estratégico da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), empenhados em contribuir com a melhoria do ambiente de desenvolvimento do Estado, elegeram algumas prioridades, dentre elas a Educação e a Segurança Pública. Fundaram, então, o Minas Pela Paz, com o propósito de influenciar mudanças – de pensamento e de ação.

Desde então, a intersetorialidade faz parte da nossa identidade. Trata-se de um caso prático de instituição do terceiro setor, financiada e gerida com o apoio do segundo, atuando em parceria com o primeiro. Conselhos Deliberativo e Fiscal e Diretoria, compostos por voluntários, são indicados pelo pool de empresas parceiras, hoje somando 57. Uma vez ao ano, a Assembleia Geral Ordinária abre espaço à prestação de contas aos parceiros após auditoria independente nas demonstrações financeiras e anuência do Conselho Fiscal.

As iniciativas passam pela geração de oportunidades de trabalho e capacitação para egressos e apenados do sistema prisional e para adolescentes que cumpriram medidas socioeducativas; o apoio à gestão das unidades APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados), método humanizado para ressocialização de presos; bem como iniciativas mais recentes voltadas ao esporte e voluntariado. Destaque-se, ainda, o 181 Disque Denúncia, cogerido em parceria com o governo estadual e que tem o Minas Pela Paz como grande idealizador e articulador desde os primeiros passos. Os parceiros são muitos, destacando-se o Sistema Fiemg, o Governo de Minas, através da Secretaria de Defesa Social, a Prefeitura de Belo Horizonte e o Tribunal de Justiça de MG.

Temos um caso de sucesso e, na semana passada, comemoramos seus sete anos em almoço que reuniu o governador de Minas, Alberto Pinto Coelho; o anfitrião, presidente da Fiemg, Olavo Machado; além do Conselho Estratégico que convidou empresários de diversos segmentos. Ao final do encontro, 14 novas adesões foram conquistadas: Aethra, Associação Mineira de Supermercados (AMIS), Automax, Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR-MG), Expresso Nepomuceno, Grupo Sant’Anna, Grupo Tenco, Tora Transportes, Transamigos, TRW, UNA, UTC Engenharia, Vito Transportes e Vix Logística. Sejam muito bem-vindos!

Marco Lage, diretor coordenador do Minas Pela Paz

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