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Convite aos homens de boa vontade – Por Liliane Lana

Altos índices de violência e episódios bárbaros de criminalidade são informações que povoam o noticiário de modo permanente. Não há como cerrar olhos e tapar ouvidos. Assim, somos tomados por medo e desesperança. Fica forte a sensação de que estamos caminhando rumo a um abismo do qual ninguém poderá escapar.

Indignar-se e projetar a culpa num Estado falido é a postura mais recorrente. É comum também o cidadão cruzar os braços e não se envolver, nem mesmo no momento eleitoral quando nos é dada a chance objetiva de opinar. A outros, resta o adoecimento, sob forma de depressão, síndrome do pânico e outras doenças.

Mas há uma alternativa concreta para a qual queremos te convidar. Envolver-se, sentir-se parte da solução, é a forma cidadã de contribuir para a minimização dos efeitos deste problema que tem suas raízes fincadas em grandes dramas pessoais e familiares. Ser um voluntário nessa causa pode transformar a sua forma de encarar o peso da atitude daquele indivíduo que escolheu uma rota de vida contrária a ética, a moral, a lei.

Embora com iniciativas que remontam ao século XVI, desde a criação da Primeira Santa Casa de Misericórdia, o voluntariado se fortaleceu no Brasil a partir da Campanha Contra a Miséria e a Fome, deflagrada pelo sociólogo Betinho, em 1993. Dois anos depois, o governo Federal criou o Conselho da Comunidade Solidária, propondo que a mera ação assistencialista se convertesse no voluntariado transformador. É deste voluntariado que queremos falar.

O Minas pela Paz acredita na efetividade da metodologia das Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) na ressocialização de presos. São várias as nossas iniciativas visando o seu fortalecimento e expansão. Atuamos em estreita parceria com a Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC), que é a guardiã e reguladora da aplicação do método. Debatendo os desafios, ouvindo os gestores das APACs e aplicando pesquisas junto aos recuperandos, chegamos a uma proposta de voluntariado transformador.

São dois os focos de atuação: um deles é o apoio à gestão das APACs, através da prestação de serviços que demandam conhecimentos e habilidades variados. Outra vertente do Voluntariado Minas pela Paz é o apoio psicossocial às famílias dos recuperandos. Trabalhadores de diversas áreas, empresários, profissionais liberais, donas de casa, todo cidadão está convidado a apoiar as APACs que, além de lidar com a realidade do recurso escasso, tem a participação da sociedade como premissa para a ressocialização.

Escolhemos, neste primeiro momento, as APACs de Itaúna, Nova Lima, Santa Luzia e Sete Lagoas como beneficiárias do projeto. E viemos convidar você a emprestar o seu tempo e habilidade à favor dessa causa. Inscreva-se pelo minaspelapaz.org.br/participe e construa conosco a metodologia de trabalho, conforme sua disponibilidade e área de interesse. Depois, é só colocar a mão na massa em prol de um mundo melhor. Ajude-nos a promover a inclusão social de pessoas em vulnerabilidade. Afinal, juntos a gente faz.

Liliane Lana, gestora de Desenvolvimento Social do Minas Pela Paz

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