minas pela paz

Noticias

FUNDO DO POÇO – por Maurílio Pedrosa

 

Nas últimas semanas vimos e ouvimos com abundância falas do Ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva. Nos últimos dias sobre o lamentável incêndio no Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, que resultou na destruição de grande parte do seu particular acervo, perda irrecuperável de evidências e preciosidades da história do Brasil.

Nas duas semanas anteriores, as falas do Ministro foram sobre resultados de dois exames de avaliação da educação, especialmente a educação pública: o SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica e o IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica.

Os indicadores trazem resultados que demonstram o baixíssimo desempenho dos estudantes brasileiros que participaram dos testes, como a vergonhosa marca de mais de 70% dos alunos do ensino médio com o nível de aprendizagem classificado como “insuficiente”. Os dados, segundo Rossieli Silva, refletem a necessidade de se debater com prioridade o financiamento, a formação de professores, aspectos pedagógicos e de gestão do nosso sistema educacional.

A baixa escolaridade dos brasileiros, e dos jovens brasileiros, é uma das características principais das pessoas privadas de liberdade no país, público-alvo das atividades desenvolvidas pelo Minas Pela Paz. Ao invés de apenas indignarmos com essa crítica situação, é necessário levarmos oportunidades de estudo e trabalho a milhares de detentos e, acreditem, isso tem funcionado. Com a qualidade de ensino dos cursos, principalmente, do SESI/SENAI e também do SENAC, SEBRAE e outros parceiros, certificamos mais de 6 mil pessoas e, destas, não menos que 2 mil conseguiram empregos formais, contribuindo para uma sociedade melhor.

A educação transforma. A oportunidade dignifica! O trabalho inclui.

O Brasil não pode continuar “no fundo do poço”, como foi qualificada a situação atual do ensino médio pelo Ministro Rossieli. Assim como ele, entendemos que é hora do Brasil tomar decisões na busca de efetivas melhorias. Urge virarmos a página desse momento de retrocesso e cuidar melhor de nosso presente, para desfrutarmos um futuro mais justo, próspero e inclusivo para todos nós e para as próximas gerações.

Maurilio Pedrosa, gestor do Minas Pela Paz

veja também