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EDUCAÇÃO PARA A PAZ – por Maurílio Pedrosa

Na última semana foi lançada a 10ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, um trabalho que reúne os dados da segurança pública do nosso país, escancarando as fragilidades e desafios do Brasil nesse tema. Para que se tenha dimensão do problema, somente no ano de 2015 ocorreram 58.492 mortes violentas intencionais, gerando a comparação de 1 morte a cada 9 minutos ao longo de um ano. Desse total, 54% das vítimas são jovens entre 15 e 24 anos. Em um olhar mais ampliado em relação ao tempo, a publicação traz uma análise do número de mortes no Brasil entre os anos de 2011 a 2015, que se assemelha ao volume de mortes decorrentes da Guerra na Síria, no mesmo período, com o assassinato de cerca de 260 mil pessoas em cada país, em 4 anos.

O enfrentamento a essa verdadeira batalha pela vida, e contra a violência, requer uma estratégia sistêmica, intersetorial e continuada, que passa por muitos temas, dentre eles as políticas públicas de segurança, a atuação das polícias e do judiciário, o sistema carcerário, o uso de armas de fogo, a redução das desigualdades e vulnerabilidades sociais e, até mesmo, a educação.

Isso mesmo: educação. Nós, do Minas Pela Paz, acreditamos na educação como uma poderosa ferramenta para a promoção da cultura de paz. Nesse sentido, estamos desenvolvendo um projeto de inclusão social para crianças e jovens que alia esporte, educação e cidadania. A iniciativa irá reforçar a importância de atitudes baseadas no conhecimento, no respeito e na tolerância para fortalecer e melhorar a relação dos participantes com sua família, escola, amigos e vizinhos.

O que buscamos é estimular os cidadãos a explorar suas potencialidades, a compreender que os bons resultados se concretizam a partir de uma atuação colaborativa e cooperativa e que ações positivas podem fazer com que uma comunidade se torne mais justa, melhor e mais pacífica. Temos clareza que somente isso não basta, mas promover a educação para a paz é um dos caminhos sem volta se quisermos mudar, no longo prazo, o cenário da criminalidade que está posto hoje no Brasil.

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