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O DESAFIO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA – por Maurilio Pedrosa

Se alguém tem algo para comemorar, logo propõe um brinde. Ao mesmo tempo, se essa mesma pessoa está triste, uma bebida ajuda a amenizar o sentimento. Se o dia-a-dia está estressante a bebida alcoólica é usada como aliada para suportar as pressões do trabalho, as relações familiares e sociais. Assim, múltiplos motivos levam socialmente ao uso indiscriminado de álcool e outras drogas, que resultam na dependência física e psicológica.

Citamos como exemplo o álcool, mas pode ocorrer também com medicamentos, tabaco ou drogas ilícitas no Brasil, como a maconha, cocaína, crack entre outras. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a toxicomania pode ser entendida como um estado de intoxicação periódica ou crônica, nocivo ao indivíduo e à sociedade, causada pelo uso repetido de uma droga, que traz efeitos nocivos aos indivíduos e à coletividade.

O tema é amplo, diverso e complexo. Para sua compreensão e busca de caminhos para o enfrentamento de seus danos existem estudos e ações de diferentes campos do saber, dentre eles a psicologia, psiquiatria, medicina, assistência social, ciências sociais, comunicação e a espiritualidade.

Nas ações realizadas pelo Minas Pela Paz, seja com jovens ou adultos em privação de liberdade, a toxicomania está presente em grande parte das histórias de vida destes cidadãos, seja de forma direta, seja na trajetória de seus pais, outros parentes ou pessoas que cruzaram seus caminhos e impactaram na situação que os levaram à privação da liberdade.

Nesses espaços, quando a dependência é superada, ampliam-se imensamente as possibilidades de retomada de relacionamentos sociais, familiares e novas perspectivas de qualificação profissional e inserção no mercado de trabalho. Um novo momento da vida se descortina, trazendo consigo a ampliação da auto-estima, sentimentos de libertação e de conquista.

Para se chegar lá, são necessárias ações integradas de atenção à saúde física, psicológica, espiritual e um árduo trabalho de conscientização, onde o equilíbrio e bom senso são fundamentais.

Que haja discernimento para orientar as pessoas em relação as armadilhas que o álcool e as drogas podem ser, e que o foco, seja a busca de uma vida saudável e produtiva que teremos ter.

Maurilio Pedrosa, gestor do Minas Pela Paz.

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