A pandemia do COVID-19 chegou como um enorme desafio à sociedade. No primeiro plano, os reflexos imediatos no sistema de saúde: por um lado, demonstrando a fragilidade do corpo humano e do ser humano frente ao desconhecido; por outro, abrindo um mundo de oportunidades de pesquisas e experimentações em tempo recorde para a busca de soluções preventivas consistentes, de tratamentos eficazes e da perspectiva de cura.
A forte recomendação médica pelo isolamento social como uma das formas para contenção da disseminação em massa do vírus trouxe desdobramentos importantes e impactantes para as relações familiares, profissionais e sociais.
No dia 30 de abril, o DEPEN – Departamento Penitenciário Nacional confirmou o volume de 208 casos confirmados de coronavírus e de 168 suspeitos, com 10 mortes registradas por este motivo nos presídios brasileiros. Como forma de minimizar a propagação, visitas foram temporariamente suspensas e alguns perfis de detentos tiveram suas penas suspensas para voltar para casa e reduzir a pressão da superlotação em algumas unidades prisionais.
Nas Associações de Proteção e Assistência aos Condenados de Minas Gerais (APACs), o cuidado com os detentos e suas famílias é intenso. Indo além da prevenção, recuperandos e recuperandas dedicam tempo e talento na produção de máscaras faciais, outra importante recomendação médica para prevenção ao COVID.
O Minas pela Paz, com o apoio da Brazil Foundation, e em parceria com Tribunal de Justiça de Minas Gerais e Fraternidade Brasileira de Assistência dos Condenados, vêm mobilizando parceiros para suportar essa ação: AngloGold Ashanti, Cedro Têxtil, Brazil Foundation e Sesc MG estão apoiando a produção de mais de 230 mil máscaras nas APACs.
Parte da produção é direcionada para os detentos, familiares e funcionários das APACs e parte é doada para órgãos públicos (Judiciário e Polícias), Hospitais e Instituições Beneficentes vinculadas à Assistência Social, além da própria comunidade.